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As vantagens dos câmbios eletrônicos para bicicletas

17 abril, 2024

Modernos e práticos, os grupos eletrônicos oferecem vantagens que muita gente nem imagina

Quando pensamos em bicicletas antigas, a primeira coisa que vem em mente são as penny farthings, que são aquelas bikes que tem a roda dianteira bem grande, com a traseira bem pequena. Neste tipo de bike, o uso de marchas era impossível, já que os pedais eram ligados diretamente no cubo da roda.


Porém, com a chegada das “safety bicycles” em 1885, a invenção de sistemas de troca de marchas era inevitável.

Com isso, os primeiros câmbios de cubo surgiram entre 1900 e 1930 para bicicletas urbanas, mas eram complexos e pesados, tornando-os impraticáveis para o ciclismo competitivo. Antes de 1936, a única maneira de trocar as marchas em competições como o Tour de France era invertendo a roda, que tinha um pinhão de cada lado do cubo, com tamanhos diferentes.


Mas, no final da década de 1930, o Tour de France permitiu o uso de câmbios de marcha, embora fossem diferentes dos modernos. Trocar as marchas exigia que os ciclistas se inclinassem para alcançar uma alavanca ao lado da roda. 

Também nessa época, o fabricante norte-americano Simplex lançou o primeiro sistema de troca de marchas acionado por cabo, que usava um cabo e um conjunto de roldanas para mover a corrente entre as marchas. Desde então, os câmbios de bicicleta continuaram a evoluir, até chegarmos aos grupos eletrônicos atuais.

1 – Facilidade de montagem

Diferente dos sistemas mecânicos, onde é preciso instalar o passador, o câmbio, passar o conduíte por dentro do quadro, passar o cabo e depois regular tudo, a instalação de um grupo eletrônico costuma ser mais simples, especialmente se ele for sem fios como o SRAM XX1 AXS utilizado na Oggi Cattura Squadra.

Neste tipo de grupo, basta instalar o trocador no guidão, o câmbio na gancheira e regular tudo, o que nos leva para a próxima vantagem dos câmbios eletrônicos. Isso é uma enorme vantagem para o consumidor, mas também para os fabricantes, que ganham a possibilidade de eliminar etapas na linha de montagem. 

2 – Simplicidade e consistência da regulagem

O processo de regulagem de um câmbio mecânico pode ser bem intimidador para quem não está acostumado. Hoje, a maioria deles têm nada menos do que quatro regulagens diferentes, e errar em algumas delas pode ser literalmente catastrófico: em alguns casos, um acerto mal feito permite que a corrente caia atrás do cassete, o que pode destruir o câmbio, a corrente e ainda danificar a roda e o quadro da bike. 


Via de regra, câmbios eletrônicos são bem mais fáceis de regular, bastando seguir os passos indicados pelo fabricante. Além disso, alguns conjuntos de última geração praticamente se regulam sozinhos.

Outro detalhe é que, nos mecânicos, fatores como a sujeira dentro dos conduítes e até mesmo o estiramento do cabo de aço podem prejudicar o funcionamento, algo que não acontece com os eletrônicos. 

3 – Customização dos controles

Além de serem simples de regular, os grupos eletrônicos podem ser facilmente configurados com o uso de aplicativos do fabricante. Assim, o ciclista pode mudar a função de cada um dos botões e até mesmo instalar controles adicionais. 

Em bikes de contra-relógio, por exemplo, este tipo de função permite a instalação de botões de troca de marcha na ponta do aerobar, que são aquelas extensões de guidão onde os cotovelos do ciclista ficam apoiados. Além disso, nas bikes de estrada, alguns ciclistas colocam botões de troca na parte de cima do guidão, e até mesmo embaixo, para trocar as marchas durante um sprint, por exemplo. 

4 – Trocas mais macias 

Mudar a marcha em um grupo eletrônico exige o mesmo esforço de apertar um botão no controle remoto da televisão, e isso pode ser extremamente valioso para quem busca mais conforto, mas também para quem vai encarar competições mais desafiadoras, onde até o cansaço dos dedos passa a ser um fator importante. 

Por isso, muitos atletas consideram a redução da fadiga uma das maiores vantagens de bikes equipadas com este tipo de tecnologia. 

5 – Integração com bikes elétricas

Em bikes como a Oggi Potenza Pro, que vem equipada com um grupo Shimano XT Di2 12V, tecnologias avançadas como o Free Shift permitem trocar as marchas da bike sem pedalar, de maneira automática ou manual. A função automática é ótima nas descidas, por exemplo, já que a bike sempre estará em uma marcha que permita que o ciclista pedale.

Além disso, em modelos equipados com Auto Shift, a bike troca de marchas sozinha nas subidas e descidas, enquanto o ciclista pedala, sem que ele tenha que apertar nenhum botão. Esse tipo de tecnologia só é possível graças a integração dos grupos eletrônicos com os motores das bikes elétricas.

6 – Menos manutenção

De tempos em tempos, é preciso trocar os cabos e conduítes de bikes com grupos mecânicos e, dependendo da bicicleta, isso pode ser um trabalho bastante desafiador, que só pode ser feito por mecânicos treinados – pense naquela bike de estrada com cabos passando por dentro do guidão, da mesa e até mesmo pela caixa de direção.

Com os grupos eletrônicos, sejam eles com ou sem fios, essa tarefa simplesmente deixa de existir, já que os comandos do ciclista são transmitidos para os câmbios por meio de sinais elétricos ou por ondas.

7 – Integração e mais informações 

Por dispensarem cabos passando pela frente da bike, os modelos equipados com grupos eletrônicos costumam ter um visual muito mais limpo e agradável. Além disso, eles permitem integrar os câmbios e trocadores com outros componentes eletrônicos, como o canote retrátil, ciclocomputadores e até mesmo com a suspensão da bike.


Outro detalhe fundamental, que faz muita diferença para quem leva o desempenho à sério, é a possibilidade de gravar e analisar todas as informações do câmbio, até mesmo qual marcha o atleta estava usando em cada momento do pedal.

Com isso, é possível unir informações como cadência, potência, altimetria, batimentos cardíacos e marcha utilizada, para tirar o máximo de rendimento em cada pedalada. Até mesmo por isso, Raiza Goulão, José Gabriel e Eduardo Marcondes, atletas da Squadra Oggi, utilizam bicicletas de estrada equipadas com grupos eletrônicos para seus treinamentos. 

8 – Mais durabilidade

Em um grupo mecânico, a velocidade máxima das trocas, e também a quantidade de marchas trocadas, depende apenas do ciclista. Em alguns casos, isso pode levar a situações onde o piloto “exagera” na mão, trocando as marchas de uma maneira que pode causar danos ao cassete e a corrente. 


Por outro lado, os grupos eletrônicos têm estes fatores monitorados pelo próprio sistema, e por isso ele sempre vai trabalhar de forma a minimizar as chances de problemas mecânicos. Isso é especialmente importante para as bicicletas elétricas, onde a força do ciclista é somada com a do motor.  

Nos grupos SRAM AXS Transmission, por exemplo, é possível mudar as marchas aplicando força total nos pedais, já que as trocas só vão acontecer quando a corrente estiver na posição correta no cassete – assim, todas as mudanças de marcha serão precisas e seguras. 

Bikes Oggi com grupos eletrônicos 

Se você ficou interessado em uma bike com grupo eletrônico, confira abaixo os modelos da Oggi equipados com este tipo de tecnologia. 

Cattura Pro T-20 GX AXS

Agile Squadra XX1 AXS

Agile Pro GX AXS

Potenza Pro

 

E você, já pedalou uma bike com câmbios eletrônicos?

Conte sua experiência nos comentários de nossas redes sociais e nos vemos nos pedais!

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