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Como trocar as marchas da bicicleta? 

8 abril, 2021

Como trocar as marchas da bicicleta? 

Aprenda a usar corretamente os câmbios da sua bike para pedalar com mais eficiência, gastando menos com manutenção

Se você está começando a pedalar, o sistema de marchas da bicicleta pode parecer um pouco intimidador. Porém, apesar das várias engrenagens e alavancas, na verdade os câmbios funcionam de maneira bem simples e, depois que você aprender a utilizá-los, suas pedaladas com certeza ficarão muito mais agradáveis, eficientes e livres de problemas mecânicos.

 

 

Porém, antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que, para funcionar corretamente, os câmbios de sua bike devem estar bem regulados e com a manutenção em dia. Barulhos exagerados, pulos e quedas de corrente não são normais – se isto estiver acontecendo, procure um mecânico de confiança ou a revenda autorizada.

 

Básico

1 – O giro ideal

Durante a pedalada, o ciclista deve manter uma boa velocidade de rotação das pernas. Mais ou menos como um motor de carro, você tem uma faixa ideal de potência: ela fica entre 70 e 100 rotações por minuto – ciclistas experientes podem girar muito mais rápido.

A melhor forma de medir isso é com um computador que marque cadência. Porém, se você não tiver o equipamento, lembre-se de nunca pedalar muito “travado” (ou devagar) e nem girar as pernas como um ventilador. 

Para manter a velocidade de rotação, assim como num carro, você deve utilizar os câmbios da bike.

 

2 – O câmbio só funciona enquanto você pedala

A bicicleta só troca de marchas enquanto você está pedalando para frente. Por isso, jamais acione as alavancas de câmbio se não estiver pedalando, e nem se estiver pedalando para trás.

 

3 – Para trocar o câmbio traseiro, utilize as alavancas da direita

O câmbio traseiro deve ser utilizado de forma preferencial, já que ele é mais preciso, rápido e tem mais marchas do que o dianteiro.

 

Para deixar as mais leves (aumentar a velocidade de rotação), normalmente você deve empurrar a alavanca traseira do trocador, que fica no seu dedão. Marchas mais leves devem ser utilizadas em baixas velocidades e nas subidas, como as primeiras marchas de um carro.

Quando a velocidade aumenta como nas descidas, você deve utilizar marchas mais pesadas. Para isso, acione a alavanca dianteira do trocador, que fica ao alcance do seu dedo indicador e funciona como um gatilho.

 

4 – Para trocar o câmbio dianteiro, utilize as alavancas da esquerda

De preferência, o câmbio dianteiro deve ser acionado antes de grandes transições de terreno, como no começo de uma subida ou de uma descida.

 

Para deixar as marchas mais pesadas (reduzir as rotações), utilize a alavanca traseira do trocador, que fica no seu dedão. Faça isso nas descidas, por exemplo.

Nas subidas, você vai precisar de marchas mais leves. Para engatar uma marcha mais leve, utilize a alavanca dianteira do trocador, que é acionada com o seu dedo indicador e funciona como um gatilho.

Intermediário

5 – Entenda como tudo funciona

O sistema de troca de marcha funciona multiplicando a velocidade que o ciclista gira as pernas, para obter a velocidade que a roda da bicicleta gira. Para isso, um sistema de engrenagens é utilizado.

 

 

Na traseira da bike, engrenagens maiores significam marchas mais leves. Na dianteira, engrenagens maiores significam marchas mais pesadas – um é inverso do outro.

As engrenagens traseiras chamam-se pinhões. As dianteiras, coroas.

6 – Não cruze a corrente

Se sua bike tem mais de uma coroa, evite usar relações formadas por coroas grandes e pinhões grandes, ou por coroas pequenas e pinhões pequenos.

Usar a corrente cruzada aumenta seu ângulo de funcionamento, acelerando o desgaste de todos os componentes.

Se sua bike tem três coroas e você ainda não se sente confortável com o câmbio dianteiro, convém andar a maior parte do tempo na coroa do meio. Use a pequena apenas nas subidas mais inclinadas e a grande apenas nas descidas mais velozes.

7 – Alivie a força nas trocas de marcha

Sempre que for trocar as marchas, alivie um pouco a força que você está fazendo nos pedais. Isso facilita o trabalho dos câmbios e ajuda a evitar barulhos e pulos de corrente.

Essa dica é especialmente válida para o câmbio dianteiro. Rapidamente você vai reparar que, em alguns casos, a troca de marcha frontal só vai ocorrer depois que você diminuir bastante a força nos pedais – mais um motivo para trocar de coroa antes da subida começar.

8 – Conheça o sistema da sua bike

Algumas bicicletas possuem sistemas de trocas diferentes do descrito acima. Os modelos de estrada, por exemplo, funcionam com alavancas que integram freios e trocas de marcha. Já outras possuem sistemas de punhos rotativos ou alavancas com botões eletrônicos que podem ser configurados.

 

Além disso, marcas diferentes, como Shimano e SRAM, costumam apresentar algumas diferenças de funcionamento.

 

9 – Menos coroas, mais pinhões

Antigamente, a maioria das bicicletas possuíam 3 coroas dianteiras. Porém, com o tempo, o número de coroas foi caindo, enquanto o número de pinhões foi aumentando. Hoje, as bicicletas de trilha mais modernas como a Oggi Agile Squadra possuem apenas 1 coroa, com 12 velocidades na traseira.

Com isso, o sistema todo fica muito mais simples e intuitivo, já que a bike fica com apenas um trocador e duas alavancas: uma deixa as marchas mais leves, a outra mais pesadas.

 

Avançado

10 – Não troque muitas marchas de uma vez

Mesmo que seu sistema seja super moderno, trocar muitas marchas de uma vez pode fazer a corrente descarrilar, principalmente se você estiver subindo a corrente para os pinhões maiores como no começo de uma subida.

Por isso, não espere que as marchas fiquem pesadas para realizar a troca. Vá trocando gradativamente, mantendo seu embalo e passando duas ou três marchas, no máximo, de cada vez.

 

11 – Troca dupla

Se sua bike tem duas coroas, a troca dupla é uma ótima maneira de manter a cadência durante uma mudança de coroa com o câmbio dianteiro. O esquema é simples, mas exige coordenação motora do ciclista.

Tudo consiste em mover o câmbio traseiro para compensar a mudança de relação na dianteira.

Por exemplo: Ao subir da coroa pequena para a coroa do meio, deixando a marcha mais pesada, suba dois pinhões na traseira, deixando a marcha mais leve, de forma que uma troca compense a outra.

Ao fazer as duas coisas ao mesmo tempo, você consegue trocar de coroa sem alterar demais a rotação das suas pernas.

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