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Confira alguns cuidados não tão óbvios que você deve tomar com sua bike e pedale mais quilômetros sem preocupações
Manter a bicicleta limpa e lubrificada, cuidar do desgaste das pastilhas e manter apertos nos parafusos e a pressão correta nos pneus são alguns cuidados que, quem acompanha o blog da OGGI, certamente já aprendeu a fazer. Mas, se sua ideia realmente é prolongar a vida útil de todos os componentes de sua fiel companheira, confira abaixo nossa lista de pequenas coisas que fazemos no dia-a-dia que prejudicam nossa bike, muitas vezes sem que a gente perceba.
O rolo é uma excelente ferramenta de treino, principalmente em épocas do ano quando as chuvas são intensas e frequentes. Mas, muita gente simplesmente esquece que a bike no rolo também precisa de manutenção, e um cuidado super especial para evitar que o suor danifique os componentes.
Em casos mais extremos, o suor (que é abundante nos treinos indoor), pode penetrar na caixa de direção, nos cabos e conduítes e até nos parafusos do suporte de garrafinha e outras aberturas no quadro. Por conter muito sal, ele é extremamente oxidante, o que pode ser um problema sério para componentes de aço e alumínio.
Além disso, muita atenção com guidões de alumínio, especialmente em bikes de estrada. Em alguns casos, o suor acumulado na fita de guidão oxida o componente sem que o ciclista perceba, com riscos óbvios para a segurança do ciclista.
Para evitar danos, além de limpar a bike depois do treino, ou ao menos depois de alguns treinos, convém comprar um protetor de quadro para rolo ou proteger os locais mais delicados da bike de alguma outra forma.
Nunca deixe sua bicicleta exposta aos elementos desnecessariamente. O problema da chuva é bem claro: a água vai penetrar em tudo o que ela conseguir, causando danos em todos os componentes da bike.
Mas, o sol também é um grande vilão, já que seus raios degradam pintura, pneus, borrachas e tecidos, além de acelerar os efeitos da oxidação em geral. Por isso, deixe sua bike sempre na sombra, de preferência em um local bem ventilado.
Por ser um componente mais fechado, muita gente esquece que o garfo dianteiro e o shock traseiro, assim como o canote retrátil, exigem manutenções relativamente frequentes: a RockShox, por exemplo, indica revisões básicas a cada 50 horas em seus componentes.
Não fazer, pode ocasionar na perda de desempenho e acelera a degradação de retentores e selamentos, já que eles ficam sem lubrificação. Isso pode causar danos irreversíveis nas hastes e em outros componentes do sistema de amortecimento – sim, nestes casos, o prejuízo é enorme.
Outro componente que costuma ser esquecido por muita gente são os rolamentos dos pivôs da suspensão traseira, que também precisam ser substituídos de tempos em tempos. Um rolamento travado, por exemplo, pode girar dentro do quadro, o que rapidamente vai causar problemas.
Caixa de direção, movimento central, pedais e cubos são peças que, de tempos em tempos, devem ser desmontadas, limpas e lubrificadas, especialmente depois de pedaladas na chuva e na lama.
Os primeiros sinais de que alguma coisa está errada é o surgimento de estalos ou rangidos, além de funcionamento áspero, então fique de ouvidos abertos. Como estes serviços são um pouco mais complicados, convém levar a bike para o mecânico experiente, caso você não tenha conhecimento e ferramentas para fazer isso em casa.
Andar com o câmbio desregulado e com a corrente pulando pode causar danos nos pinhões do cassete, no câmbio e na corrente. Além disso, nestes casos, o desgaste é bastante acentuado.
Regular o câmbio da bicicleta não é muito difícil, e você pode encontrar diversos tutoriais ensinando a fazer isso na internet. Mas, assim como no caso acima, vale a pena levar a bike em um mecânico se você não tiver conhecimento para fazer isso.
Ao lavar a bicicleta, é importante evitar que respingos de produtos químicos caiam nos discos de freio. O problema é bem comum no disco traseiro, já que ele fica bem próximo ao cassete, um dos componentes mais “sujos” da bicicleta.
Por isso, quando for jogar qualquer produto na relação da bicicleta para fazer a remoção da sujeira, proteja o disco. Você pode fazer isso com um pedaço de plástico rígido recortado, com protetores especiais para esta função, ou mesmo enrolando um pano limpo ao redor do disco.
Muito cuidado ao colocar a bike em rack e suportes de transporte, principalmente nos que usam travas que apertam o quadro, especialmente se sua bicicleta for de carbono, já que apertar demais a trava pode trincar a bicicleta. Se for levar duas bikes no suporte, certifique-se que uma não vai estragar a outra e, de preferência, use pedaços de espuma para evitar que isso aconteça.
Além disso, muita atenção ao transportar a bike desmontada dentro do carro. Tenha certeza de que discos de freio e o cassete das rodas não estão batendo no quadro, e também que o câmbio não está apoiado, já que isso pode entortar a gancheira e desregular o câmbio, causando danos sérios na transmissão.
Assim como qualquer máquina, a bicicleta foi feita para ser utilizada. Por isso, deixar ela parada por longos períodos não é recomendado. Fazer isso costuma gerar pneus deformados e ressecados e surgimento de oxidação e ferrugem, principalmente na corrente e na relação.
Além disso, se seus pneus possuem selante, ele vai se acumular na parte de baixo e ressecar, criando uma “bola” difícil de ser retirada. Outros componentes como retentores de suspensão, selins e até mesmo as manoplas podem se estragar se ficarem muito tempo sem uso.
Por isso, se for deixar a bike armazenada, tome alguns cuidados com guardá-la super limpa e lubrificada e, de tempos em tempos, dar uma girada nas rodas para evitar que o selante fique em um lugar só – se ela for elétrica, guarde a bateria com 50% da carga.
Agora, o melhor mesmo, seja para você ou para sua bike, é pedalar sempre que for possível!
Por isso, nos vemos nos pedais!